“Os funcionários ficam com muito medo de botar a cara para fora. O problema maior é que você cala o órgão”
A revista Carta Capital trouxe, em sua última edição impressa, reportagem sobre a ampliação e a extensão das práticas de assédio institucional no governo federal, caracterizadas por filtro ideológico, censura prévia, punições a sindicatos e agitação de seguidores fanáticos para perseguir funcionários públicos que se dedicam a cumprir a lei.
Chamados para analisar este novo fenômeno, representantes da Afipea, Fonacate, Andeps e Anesp demonstram preocupação que as práticas de assédio, que se tornaram sistemáticas, atingem diretamente os servidores públicos, e, indiretamente, a população, ao se concretizar também como estratégia de desmonte do Estado.
O presidente da Afipea, José Celso Cardoso Jr., relatou na reportagem que “o assédio sempre existiu no setor público, mas ganhou escala, método e funcionalidade inusitada sob Bolsonaro e tornou-se parte integrante das práticas cotidianas deste governo“. Fernando Gaiger, vice-presidente da Afipea, também é citado: “Os funcionários ficam com muito medo de botar a cara para fora. O problema maior é que você cala o órgão“.
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Uma iniciativa conjunta da Andeps e Afipea citada da reportagem é a publicação da cartilha “Assédio Institucional. O que é? Como enfrentar“, lançada nesta semana para subsidiar o debate, orientar servidores que possam estar sendo vítimas dessas práticas e alertar a administração pública para enfrentar o assédio em seus órgãos.
Acesse também o Assediômetro, iniciativa da Afipea e da Arca para registrar as situações de Assédio Institucional