Assédio Institucional na Funai é tema de Nota Técnica da Afipea

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Assédio Institucional na Funai é tema de Nota Técnica da Afipea

Em 2019, Jair Messias Bolsonaro assumiu a presidência da República, encabeçando uma ampla coalização política caracterizada pela acomodação de teses liberais no âmbito da economia e na organização das instituições, conservadora em termos morais e antagônica a processos participativos. Dentro do conjunto de ideias e valores que orientam o Governo desde seu início, e que já eram sinalizadas na trajetória de Bolsonaro enquanto deputado e no processo eleitoral estão a oposição à esquerda, à velha política, à agenda de inclusão de minorias e a desconstrução, como já se disse, de espaços de escuta, deliberação e participação popular.

A definição do que é esquerda do ponto de vista governamental é bastante heterodoxa e abrange um arco de forças políticas muito amplo ou, simplesmente, qualquer tipo de oposição a atuação governamental. À agenda social, que abrange questões de gênero (ligadas à pauta das mulheres e LGBTQI+), étnico-racial (negros, quilombolas e indígenas), desenvolvimento sustentável (meio ambiente, desigualdades socioeconômicas) e ao Estado  Social universalista, foi contraposta valores ligados a uma só vez a uma versão do individualismo que se desdobra no primado do discurso das liberdades individuais não igualitárias, da autoproteção individual pela via da inserção pessoal nos circuitos dos mercados e pela proteção social a partir dos vínculos de sociabilidade primária, isto é, familiares e de vizinhança. Esse conjunto de valores parece dar coerência à atuação governamental e atinge diretamente as políticas indigenistas.

 

Leia a Nota Técnica – Nº 18 – Etnografia do Assédio Institucional da Funai em sua íntegra AQUI.