8 de Março – Dia das Mulheres

8 de Março – Dia das Mulheres

Ano de retrocesso civilizatório na luta por direitos e igualdade de gêneros no Brasil

As mulheres são a maioria entre os trabalhadores em condições precárias, com os menores salários e, vivendo abaixo a linha da pobreza. Também são privadas de direitos que aos homens são comuns há séculos, como a decisão sobre seus próprios corpos.

Durante anos, a luta das mulheres para conquistar condições de igualdade no mercado de trabalho é marcada com luta e superação de obstáculos.

E, agora, os pequenos avanços conquistados até recentemente sofrem novas afrontas e recuos, reforçando o conservadorismo e criando novas dimensões de desigualdades.

Dados do Dieese para o 4º trimestre de 2019 são eloquentes a esse respeito: as mulheres continuam ganhando menos do que os homens (o rendimento é 22% menor), ocupando menos cargos de gerência e diretoria (a cada 10, 4 são mulheres) e, pelo mesmo cargo, recebem 29% menos. O rendimento mensal médio das mulheres com ensino superior é 38% menor do que o dos homens. Na aposentadoria, elas também ganham menos (17%) e são maioria entre os desempregados (13,1% /10,2% entre os homens). As mulheres gastam 95% mais tempo em afazeres domésticos do que os homens (541 horas a mais por ano, em média).

Clique aqui para ver os dados do DIEESE.

Além disso, o Brasil teve aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018, aponta levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. São 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – uma a cada 7 horas, em média. Ou seja, muito mais grave do que a pandemia em curso do coronavírus!!!

E é nesse contexto que a luta pela inserção no mercado, como também segurança e respeito, devem encarar de frente as atuais reformas em curso no Brasil. As reformas da Previdência e Trabalhista já precarizaram e retrocederam direitos conquistados. Agora, o chamado Plano Mais Brasil (PECs 186, 187 e 188) também representa retrocessos inaceitáveis do ponto de vista das conquistas sociais advindas da CF-1988 e que não podem ser aceitos pela sociedade brasileira.

É com esse espírito de resistência e luta que a Afipea-Sindical, ao mesmo tempo que destaca e cumprimenta cada mulher ipeana por sua dedicação e competência, conclama-as ao bom combate nosso de cada dia… o único caminho possível para a superação positiva da crise civilizatória que paira sobre o Brasil no atual momento histórico.

A hora de reagir e defender a mátria amada é agora!

Junte-se à Afipea-Sindical nesse empreitada!